MBL apresenta à Câmara de Itapema anteprojeto para Lei da Escola sem Partido
Confira!
15 AGO 2017Na tarde da última segunda-feira (14/08), a Câmara de Vereadores de Itapema recebeu Miriam Cargnin e Marcos Molina, representantes do Movimento Brasil Livre – MBL, que apresentaram aos parlamentares o anteprojeto “Escola Sem Partido”.
O presidente do Legislativo Xavier Legarrea (PMDB) liderou o encontro, que teve também a presença dos vereadores Alexandre Xepa (SD), Eurico Osmari (PSD), Fabricio Lazzari (Fafá- PP) Zulma Souza (DEM), Wanderley Dias (Ley – DEM), Cleverson Tanaka (PDT), Nei da Van (PSDB), Jean Idimar (PMDB) e assessores representantes de Yagan Dadam (PR), Mauro Hercílio Silva (Marinho- PSDB) e Ari Piquetti (PR), estiveram presentes na reunião.
Opiniões
O “Escola Sem Partido” é um Projeto que pretende inibir o professor de usar a audiência que tem diante dos alunos, para compartilhar ideologias pessoais, com explica Marcos Molina. “Hoje vemos que alguns professores querem partidarizar o ensino, mas a democracia é feita de todos os partidos, a questão é como expor o pensamento. Os estudantes precisam ser apresentados a todos os lados, mas com professores partidários isso não acontece”, justificou.
Evandro Massaneiro, assessor parlamentar do vereador Fafá, defendeu o direito do professor, constatando que o educador, principalmente em matéria das áreas de humanas, contribui para o pensamento crítico apresentando uma opinião, o que não quer dizer que está influenciando seus alunos, mas alimentando o debate entre as diferentes opiniões. Evandro foi professor de história por mais de dez anos e defendeu que a Câmara busque uma visão pedagógica sobre esse Projeto, para saber qual a opinião dos professores quanto ao “Escola Sem Partido”.
Já o procurador da Câmara, Valdir Zanella levantou a questão da falta de debate durante as aulas do Ensino Fundamental. “Nesses períodos, não há estimulo ao debate. Para as crianças, os professores sabem tudo, então isso é perigoso, porque o professor pode sim estar doutrinando as crianças”.
Consulta popular
O PL está em tramitação em diversas cidades de todo o Brasil, e pode ser votado, também, nas esferas Estadual e Federal. O vereador Fafá emitiu sua opinião durante a reunião, defendendo que o Projeto, se discutido em Itapema, deve se adequar a realidade pedagógica da cidade, “que é diferente da realidade de São Paulo, por exemplo”.
O vereador e presidente, Xavier Legarrea, defendeu o debate e pensa em promover uma audiência pública, para ouvir a opinião da população. “De fato o Escola Sem Partido dividi opiniões, e, melhorando ou não, cria um debate importante sobre o futuro da educação de nosso país. É um PL que deve ser analisado e discutido não apenas aqui dentro, mas com toda a sociedade. Vamos pensar em convocar uma audiência pública com a presença de pais, alunos e professores”, afirmou o presidente.