Manifestações sobre os direitos das mulheres marcaram os trabalhos legislativos da semana. 

Na ocasião, os membros do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Itapema, estiveram presentes e utilizaram dos espaços da Casa do Povo para falar sobre o real sentido da comemoração do Dia da Mulher, e enfatizar a luta das mulheres durante a história.

Conta-se que no dia 08 de Março de 1857, após um incêndio intencional nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York, 129 operárias morreram carbonizadas. Segundo consta, o incêndio teria sido causado para reprimir uma greve das trabalhadoras, trancando-as na fábrica e ateando fogo nela.

A presidente do Conselho, Maria Aparecida de Souza Reis, subiu à Tribuna do Povo e com discursou contribuiu com os seus conhecimentos acerca deste tema. Para ela, a tragédia do dia 08 de Março é importante, mas não deve ser a única lembrança quando se fala na luta feminista. “A origem da comemoração do Dia Internacional da Mulher é sempre ligada a dor, marcada pelo incêndio de 08 de Março, mas devemos parar de ligar a luta das mulheres à dor. Nossa história não é somente de dor, apesar dela existir. Queremos ser lembradas pela luta que travamos ao longo do tempo em busca de nossos direitos”, afirmou Maria. 

Além da presença na Câmara, o Conselho estará presente, também, nas escolas do município. “O papel de mulher e de homem na sociedade é construído. Nós não comemos e sujamos a louça sozinhas. O Conselho da Mulher vai estar nas escolas, discutindo com adolescentes do nono ano esse contexto. São 21 salas que receberão esse trabalho, porque devemos modificar o olhar sobre a questão da mulher na sociedade. Não queremos agrado, queremos respeito”, continuou. 

Maria também falou sobre a falta de representatividade da mulher na política brasileira. “Onde estão as mulheres no poder? Onde está a diversidade de mulheres? Aqui na Câmara de Itapema, por exemplo, temos apenas uma vereadora, e ela não dá conta de nos representar. Ela é apenas uma mulher, onde está a representação das outras? As negras, as lésbicas, as indígenas, e outras? Nós devemos lutar por protagonismo, só com luta teremos representatividade”, concluiu.

Os vereadores Alexandre Xepa (SD), Cleverson tanaka (PDT), Yagan Dadam (PR) e Fabricio Lazzari (Fafá – PP), utilizaram da tribuna para falar, dentre outros assuntos, da luta das mulheres e homenagear o Conselho Municipal pela participação na plenária da Câmara.