Pouca gente, mas muito a se fazer pela segurança de Itapema

Confira!
12 MAI 2015

O pouco número de pessoas e a ausência do Governo Estadual na audiência pública que debateu a “Segurança em Itapema”, de início, parecia desanimar quem saiu de suas casas na última quinta-feira à noite, e até mesmo as autoridades presentes. Mas na medida que o assunto segurança pública, seus problemas, deficiências e necessidades para Itapema foi sendo aprofundado, logo se percebeu que mesmo com pouca participação, os encaminhamentos da noite de debate público seriam feitos com a responsabilidade que o tema exige.

Desta forma, com representantes da comunidade, a Prefeitura de Itapema, a Câmara de Vereadores, a Política Militar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Corpo de Bombeiros de Itapema discutiram as principais reivindicações a serem levadas diretamente ao Governador Raimundo Colombo e à Secretaria Estadual de Segurança Pública. Diante dos levantamentos feitos na audiência e das reivindicações da população, a Comissão de Segurança da Câmara – presidida pelo vereador Wanderley Dias (Ley – DEM) – vai representar os pleitos do município diretamente em Florianópolis.

O prefeito Rodrigo Costa, que participou da audiência, garantiu que a Prefeitura vai continuar buscando parcerias para tentar cobrir a lacuna deixada pelo Estado na gestão da segurança pública. “A nossa região é uma das mais importantes do Estado e hoje temos o maior PIB, somos o maior polo turístico, então também precisamos de um olhar diferenciado do Estado e vamos continuar batendo no ponto principal do tema segurança pública: um efetivo maior nas ruas”, afirmou o prefeito. Bolinha comentou que, hoje, a Delegacia de Polícia Civil de Itapema só continua aberta porque a Prefeitura Muniicpal cedeu sete servidores para a instituição realizar trabalhos administrativos, diante da falta de policiais para essas atividades. “Sabemos que novos policiais estão sendo formados no Estado, mas a pergunta é: quando chegarão esses homens?”, questionou.

Diante da completa ausência do Estado na audiência pública, a expressão “pressão política” foi ganhando força e se tornou o segundo passo a ser tomado, a partir do debate organizado pela Câmara de Vereadores. Assim, a Comissão de Segurança vai trabalhar para dar os seguintes encaminhamentos junto ao Governo do Estado e à Assemblei Legislativa:

– marcar uma audiência com o secretário Estadual de Segurança do Estado, Marcelo Grubba e com o Governador Raimundo Colombo;

– levantar e apresentar estatísticas reais e recentes que reforçam a necessidade de investimentos urgentes na segurança pública de Itapema e região;

– reativar o Conselho Municipal de Segurança (Conseg), com urgência;

– alinhamento entre Prefeitura de Itapema e Câmara de Vereadores, para fazer pressão política no Estado, buscando atender às reivindicações elencadas pelo município;

– dobrar o número de câmeras de monitoramento em Itapema;

– exigir o aumento do efetivo policial para o município.

Antes de encerrar a audiência, o vereador Ley criticou a ausência do deputado estadual Maurício Eskudlark (PSD), que é presidente da Comissão Estadual de Segurança Pública da Assembleia Legislativa e lamentou a situação da segurança em todo o Estado. “A situação de Itapema é uma vergonha. Não tem nada! Não tem espaço para a delegacia, não tem funcionário, não tem policial”, lamentou. O vereador Fabricio Lazzari (PP) também registrou seu descontentamento com a baixa participação popular na audiência pública, mas dirigiu ao Governo Raimundo Colombo suas críticas. “Eu me calo em protesto pela não representação do Estado aqui hoje. Um mês antes da eleição, tivemos a presença do Colombo em Itapema, depois de quatro anos. Agora, ele se reelegeu, e o governo sumiu de novo”, disse. Os vereadores devem apresentar os resultados desses encaminhamentos dentro de 30 dias para a população de Itapema.